Quais os valores embutidos nos custos para se produzir boas fotos? Em primeiro lugar é preciso entender que não basta só ligar a câmera e sair fotografando. O fotógrafo ou fotógrafa provavelmente fez uma faculdade ou curso de fotografia, afinal, conhecimento não cai do céu. Depois incluímos outras formas de aperfeiçoamento que um profissional de fotografia busca para melhorar seu trabalho. Neste artigo iremos explorar um pouco melhor o tema e tentar descobrir a resposta a para a pergunta “quanto custa uma boa foto?”
Encontrar o melhor ângulo, iluminação e momento ideal para fazer a foto não é algo que uma pessoa inexperiente irá conseguir com facilidade. Os anos de experiência e de carreira certamente serão um bom – senão o melhor – treinamento.
Depois desse breve resumo do que gera custos numa produção fotográfica, que podem até soar – mas não são – subjetivos para muitos, vamos aos custos mais tangíveis.
O custo dos equipamentos
O equipamento essencial para se trabalhar como fotógrafo é uma câmera. A maioria desses equipamentos e seus insumos são importados e com a alta do dólar, o preço que já não era baixo, disparou. Uma câmera das mais utilizadas no mercado, a Canon EOS 80D, custa em torno de R$ 7 mil sem a lente ou assessórios. Esse valor pode chegar à casa dos R$ 50 mil, a depender da sofisticação e do modelo escolhido.
Muitos fotógrafos costumam cobrar por quantidade de fotografias, isso porque esse número irá impactar na vida útil da câmera e no seu preço caso o profissional queira revender o equipamento para fazer upgrade. Então, assim como um carro com quilometragem alta tende a valer menos ou apresentar mais problemas, uma câmera com muitos ‘cliques’ pode valer pouco na hora de ser passada adiante. Acredite, esse número pode chegar a 100 mil, 200 mil cliques. Imagina um carro com 200 mil quilômetros rodados.
As lentes
Para saber quanto custa uma boa foto, devemos entender que na produção de fotografias profissionais, o uso de diferentes lentes para diferentes resultados é um ponto muito importante. O uso de uma lente 50mm para produção de retratos, ou uma 70-200mm para fotos à distância, em eventos ou natureza, por exemplo. O preço da primeira, pode variar entre R$ 800 até R$ 8,6 mil, a depender de alguns detalhes – que serão elucidados adiante – o valor da 70-200mm, facilmente ultrapassa a casa dos R$ 9 mil. No mercado, se encontram equipamentos do tipo que podem custar R$ 15 mil, R$ 30 mil e até R$ 80 ou R$ 100 mil. As informações são do site oficial da Canon no Brasil.
Tudo depende do uso, da qualidade das fotos registradas pela combinação de câmera, lente e principalmente o olhar da pessoa por trás da câmera. Existem opções de lentes capazes de operar em situações extremas, ou com iluminação mais baixa, como muitos casamentos. Claro, quanto mais ‘habilidades’ a lente ou a câmera tiver, maior será o custo dela.
Iluminação
No parágrafo anterior, vimos que o fator iluminação interfere no trabalho final. Mesmo com boas lentes, o uso de iluminação é necessário. E aí contamos com outra diversa gama de equipamentos disponíveis no mercado, como flashes – e suas variações, iluminação contínua como softboxes e fresnéis. Tem também os rebatedores, para compensar a luz e corrigir alguns problemas de iluminação. E sim, muitas vezes no plural.
Um fresnel com lâmpada pode ser encontrado na internet por cerca de R$ 1,4 mil – e valor dispara, chegando aos R$ 8 ou 9 mil. Um flash (speedlite), com suas variações pode partir dos R$ 500, no caso de um equipamento paralelo ao original, que por sua vez, pode chegar a e facilmente ultrapassar os R$ 4 mil. Algumas câmeras já vem com esses assessórios embutidos – geralmente com pouca versatilidade. A opção acaba sendo investir em um flash externo.
Locação
Aqui, quando falamos de locação, estamos discutindo o local onde o ensaio ou a cobertura fotográfica serão realizados. Em ambiente externo ou fechado? Acontece em estúdio do próprio fotógrafo ou do cliente? São diversas variáveis que gerarão diferentes custos.
Se acontece num estúdio do próprio fotógrafo, devemos considerar que há gastos com aluguel, água, eletricidade, seguro, manutenção e burocracias envolvendo o modelo de negócio. Devemos considerar que são pagos impostos, taxas ao poder público.
Se as fotos são feitas em área externa, consideramos então os custos de deslocamento do fotógrafo e todos os seus equipamentos até o local pretendido e hospedagem se for o caso.
Vale lembrar que não foram inclusos os custos com maquiagem, figurino, cabelo e afins ou mesmo de modelos (algo que pode ser providenciado diretamente pelo cliente). Todavia, são profissionais contratados, que elevarão os custos totais da produção solicitada pelo cliente.
Segurança
Outro ponto importante a ser observado é a questão da segurança, tanto do profissional, quanto de seus equipamentos, que como já vimos, não são baratos. É comum que se contrate seguros para os equipamentos, algo que pode variar muito de acordo com os equipamentos, mas é um custo que certamente será diluído no orçamento apresentado para realização do serviço.
A entrega
Com as fotografias feitas, é hora do fotógrafo sentar para tratar o material. Isso significa horas na frente de um computador (com boas configurações) selecionando entre centenas de fotos os melhores cliques para entregar ao cliente. Depois disso, é feito o tratamento dessas imagens, para regular e corrigir cores, saturação e outros aspectos que agregarão valor à imagem final. Esta edição é feita com softwares pagos, como Adobe Photoshop e Adobe Lightroom, cujas assinaturas são mensais.
Armazenamento
Onde as fotos serão armazenadas para serem entregues ao cliente? Fotografias de alta qualidade demandam bastante espaço, então geralmente são usados HDs, SSDs, cartões de memória. Hoje em dia, utiliza-se muito a transferência por nuvem, via Google Drive, Mega ou alguma aplicação específica de armazenamento de imagens.
Muitos fotógrafos mantêm em arquivo, ainda que por pouco tempo, as imagens originais dos ensaios, por questões de segurança. O armazenamento desses arquivos, que costumam ser bem pesados vai ocupar espaço e também vai gerar um custo ao fim de todo o processo.
Conclusão
Vimos que são colocados muitos custos e gastos na ponta do lápis na hora de fazer um orçamento para um trabalho fotográfico. O investimento feito pelos profissionais – muitas vezes independentes, ou que trabalham para pequenas produtoras – precisa ser pago de alguma forma. Isso sem contar as despesas regulares do dia a dia na fotografia e claro, o tempo, a mão de obra e o talento do fotógrafo envolvido no processo.
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pedro silva
muito legal esse site parabéns pelo conteúdo.